/Grupo de Pesquisa

O Grupo de Pesquisa Media Lab/Unifesspa foi fundado em 2016 junto com a criação do Núcleo de Pesquisa que funciona desde então no Laboratório de Experimentação em Meios Eletrônicos e Digitais do curso de Licenciatura em Artes Visuais da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará.
Após um período de inatividade devido ao afastamento para doutoramento dos dois professores coordenadores, o GP volta em atividade em 2022 com uma nova equipe e novas linhas de pesquisa alinhadas aos anseios dos pesquisadores.
A participação no Media Lab/Unifesspa é aberta à toda a comunidade. Entre em contato.

Informações do Grupo no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPQ


/Linhas de Pesquisa

Clique no nome das linhas para mais informações.

_ Poética das Mídias Instáveis

Responsável

Prof. Dr. Teófilo Augusto da Silva

Descrição

Mídias Instáveis é um termo cunhado pelo laboratório V2_ em 1987 publicado em um manifesto (1987) que promove o entendimento de que as mídias atuais são fluidas e estão em constante processo de obsolescência e atualização. Este termo se estabelece como um termo ratificador do termo “Novas Mídias” que já se apresenta assim a mais de sessenta anos e não absorve todas as vicissitudes e mutações que ocorrem dentro das inovações tecnológicas das mídias. Ao propor a investigação de poéticas aplicadas a essas mídias, esta linha de pesquisa objetiva explorar a fluidez das barreiras limítrofes das capacidades destas tecnologias de maneira criativa, propondo novas maneiras de absorver esses resultados como processos artísticos, científicos, de linguagem e de inovação. 

_ Atenção Visual e Sistemas Inteligentes

Responsável

Prof. Me. Claudio Coutinho

Descrição

A atenção humana representa uma das etapas precursoras das ações que tomamos. Uma decisão, uma atitude é baseada nos estímulos aos quais somos apresentados e a forma como reagimos a esses estímulos. O estudo do comportamento da nossa atenção abre diversas portas para a compreensão do que pode ser considerado importante em uma cena, de quais partes de um vídeo de streaming vale a pena codificar com melhor qualidade (LE CALLET et al., 2013), quais fatores visuais estimulam mais um consumidor a comprar um determinado produto, entre outras possibilidades. A partir da compreensão daquilo que chama nossa atenção, passa a ser possível construir sistemas autônomos que possam reproduzir atividades de exclusividade originalmente humana - como a condução de automóveis. Isso se torna ainda mais interessante quando percebemos que Sistemas de Direção Autônomos representam um dos estágios mais avançados da pesquisa científica no ramo da inteligência artificial. Esse fato pode ser explicado pela busca de uma melhor qualidade no tráfego, visto que 94% dos acidentes no trânsito são causados por erros humanos, segundo a agência estadunidense de tráfego em rodovias, a NHTSA (SINGH, 2015). Entre outros fatores estão a redução de gases poluentes e a redução no estresse causado pelo tráfego (CRAYTON, 2017). Esses fatores motivam a pesquisa a investigar como a atenção visual humana pode ser compreendida a ponto de treinar modelos de aprendizagem profunda que se tornem capazes de reproduzir o comportamento humano na condução de veículos.

Indo mais além, a aprendizagem profunda pode permear outras abordagens que visem reproduzir atitudes humanas, indo desde a classificação de imagens (CAO et al., 2020), (WALAWALKAR et al., 2020) até reconhecimento de fala (RAVANELLIi et al., 2020), (SONG, 2020) e diagnóstico médico (RAJ et al., 2020), (SHANKAR et al., 2020). Com isso um novo horizonte se abre para investigar métodos de treinamento e aprendizagem que possam resultar em sistemas inteligentes, que possam atuar em diversas áreas do conhecimento. Dentre essas áreas, podemos encontrar também a arte tecnológica que, na sua essência humana e filosófica, pode se valer dessas práticas para compreender melhor as relações entre as respostas humanas a estímulos e programas, computadores e máquinas.

_ Aparatos biônicos: estética e acessibilidade das máquinas moventes

Responsável

Prof. Dr. Armando de Queiroz Santos Junior

Descrição

Investigação dos aparatos, dispositivos, gadgets e outros que fazendo uso da tecnologia apoiam-se em resultados estéticos, relacionais, de interface e de acessibilidade.

_ Montagem e narrativa audiovisual em mídias digitais

Responsável

Ms. Patrício Rocha 

Descrição

A linha se propõe a pesquisar a produção audiovisual, com ênfase no processo de montagem / edição de vídeos e suas imbricações na construção da narrativa. Iremos analisar as características do processo de edição não-linear,  feito por estação de trabalho computadorizada, com ênfase nos recursos disponíveis, tais como enquadramento, efeitos visuais, transições, ajustes de cor, velocidade, forma, efeitos de áudio, etc. Nosso intuito é analisar como estes efeitos contribuem na criação de uma gramática audiovisual capaz de dotar o vídeo de elementos narrativos perceptíveis aos espectadores, como estes elementos são trabalhados pela pessoa do editor e do diretor da obra, bem como as imbricações do uso de recursos autônomos guiados por Inteligência Artificial (IA) de forma total ou parcial (em conjunto com a ação humana).

Buscaremos reunir autores e conceitos dos teóricos do cinema e do audiovisual com estudos sobre o uso de IA aplicado à produção de vídeos e, com isso, discutir acerca do impacto deste processo na autoria, nos sentidos, abstrações, percepções e outras formas de discurso indiretas ou subjetivas destinadas a gerar emoções e sensações específicas ao espectador, que é algo típico da narrativa audiovisual. 

A partir destas reflexões, temos por objetivo nos debruçar sobre questões, tais como: os processos de IA e a questão da autoria, se estes dispositivos autômatos afetam a fruição dos espectadores, levando à perda de características de discurso indireto ou poético ou que provocam determinadas emoções na plateia por meio dos recursos de edição.


A ideia de um Media Lab é não apenas de promover pesquisas de inovação tecnológica que deve influenciar em diversas esferas do conhecimento, mas também de criar um espaço para a ambientação da comunidade interna e externa à universidade com as inovações tecnológicas.

Prof. Teófilo Augusto - Coordenador Media Lab/Unifesspa